Nesta terça-feira, 14 de julho, morreu a filósofa feminista argentina María Lugones, aos 76 anos. Professora de Literatura Comparada e de Estudos sobre Mulheres, na Binghamton University, a pensadora é uma das maiores referências nos estudos sobre feminismo descolonial. Pela sua enorme contribuição para as discussões sobre colonialidade e gênero, foi reconhecida, ainda em 2020, pelo "Frantz Fanon Prize", da Associação Filosófica do Caribe.
“A redução do gênero ao privado, ao controle sobre o sexo e seus recursos e produtos é uma questão ideológica apresentada ideologicamente como biológica, parte da produção cognitiva da modernidade que conceitualizou a raça como ‘generificada’ e o gênero como ‘racializado’, de modo particularmente diferenciado entre os/as europeus/brancos/as e as pessoas colonizadas não brancas/os. A raça não é nem mais mítica nem mais fictícia que o gênero – ambos são ficções poderosas”.
María Lugones
Para saber mais sobre o pensamento de María Lugones, leia o artigo da professora da UFRJ, Susana de Castro, doutora em Filosofia pela Ludwig Maximilian Universität München, na Revista Cult #248, no dossiê sobre Colonialidades, organizado pela professora Carla Rodrigues e Danilo Clímaco.
Leia aqui: O feminismo descolonial.
Dossiê completo aqui.
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