Do debate que se seguiu ao artigo de Lilia Schwarcz a respeito do novo vídeo da Beyoncé, foi o texto de Lia Vainer Schucman, professora da UFSC, que me motivou a escrever. Isso porque considero o argumento dela irrefutável: “nossa racialidade está sendo marcada, algo que acontece há alguns séculos com negros e indígenas no Brasil, ou seja: é quando o grupo antecede o indivíduo (o que nomeamos de processo de racialização).”
A história da minha educação para o racismo me diz que fui racializada como branca para ser racista. Ela defende uma racialização que, como reconhecimento de que todas as pessoas são marcadas, poderia nos levar ao fim do racismo. Parece contraditório, eu sei, e foi por isso que escrevi o artigo "Neutralidade é um lugar que não existe", publicado no Le Monde Diplomatique, neste link.
Arte: Filha Natural, de Aline Motta: http://alinemotta.com/Filha-Natural-Natural-Daughter
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